Essa síntese reflexiva aconteceu na aula do dia 29/04/2015.
podemos refletir sobre como um professor pode avaliar e ser avaliado, e quando a tarefa de avaliar é dada a alguém tem que colocar afeto, coração, mente e razão.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE
CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE
CIÊNCIAS EXATAS
AVALIAÇÃO DE
APRENDIZAGEM
JAMILE FELISMINA SEBASTIÃO
Ser professora: avaliar e ser avaliada
O texto escola, currículo e avaliação trás um
debate sobre a avaliação que cada vez mais se torna alvo de reflexão,
controversas e experimentações. E trás experiências dos professores com ideias
de avaliações a serem refletidas. No texto encontramos varias experiências em
diversos lugares e apesar de ter diferentes situações busca-se sempre dá uma
educação de qualidade.
Cabe à escola determinar o seu projeto educativo,
analisando todos os aspectos, sem criar um desacerto entre o que se pensa e diz
e o que se tem feito, ou seja, o seu projeto deve ser coerente, claro,
participativo, e estar em sintonia com os grupos envolvidos com a escola, ou
seja, com a comunidade, alunos, professores.
Entre todos os professores e professoras que
contribuíram para a realização deste texto vimos que eles têm em comum a mesma
compreensão de que o processo avaliativo está vinculado a inclusão e a
exclusão, escolar e social.
Em meio ao cotidiano de um professor com tantas
coisas pra levar em contas como, trabalhos e provas, eles ficam sempre em
duvidas sobre o que avaliar o que realmente levar em conta, se é a desenvoltura
do aluno no dia a dia ou só o desempenho dele em uma prova no final de cada
conteúdo.
Com
isso eles ficam com uma preocupação enorme em tirar conclusões em relação ao
aprendizado do aluno e mostra-las aos pais, e mesmo não tendo certezas sobre o
que fazer eles tem que informa o conhecimento de cada um e atribuir uma nota ao
aprendizado do aluno transparecendo total confiança.
Avaliar é uma tarefa que quando é atribuída a
alguém essa pessoa tem que colocar afeto, coração, mente e razão. É uma tarefa
que dá vida a identidade de ser professor. Ela é também uma tarefa solitária e
quem tem o papel de avaliar ganha também uma responsabilidade exclusiva de
elaborar, aplicar e analisar o conteúdo. Com todas essas responsabilidades vem
também a pressão sobre cada resultado de cada aluno.
Apesar
de que a avaliação era pra ser em conjunto, professores e alunos, isso se torna
quase impossível, pois na avaliação classificatória não tem espaço para um dialogo
entre aluno e professor impossibilitando que os processos e os resultados
possam ser compartilhados entre eles, como tem que atribuir um valor ao aluno.
Além
da avaliação classificatória tem também a quantitativa que tem forte poder
sobre a avaliação nas escolas, ela expressa a epistemologia positivista que
leva a uma metodologia onde a manipulação tem mais prioridade que a
compreensão.
É
encontrado nas escolas um método de avaliar que é a pratica do exame, onde
diminui a complexidade dos processos de aprendizado. Os vários tipos de
avaliações visam o distanciamento entre o conhecedor do assunto que são os
professores que a avaliam, dos alunos que estão sendo avaliado.
Para
muitos professores o objetivo de avaliar é vigiar e punir, isso funciona com
provas, testes, notas, recuperações, assim viriam as aprovações e reprovações.
Deixando os alunos com certo temor a respeito desse tipo de avaliação,
implicando que o conhecimento do mesmo seja através de assunto decorado e não
realmente absorvido de maneira que o estudante leve esse conhecimento para a
vida toda.
E se as avaliações forem
atribuídas não só aos alunos mais também aos professores, dariam mais liberdade
de expressão aos alunos em relação de questionamento junto ao professor. O professor ao avaliar
os seus alunos ele também esta sendo avaliado, pois se o aprendizado dos
estudantes vai bem, e aqueles alunos estão mostrando conhecimento adquirido com
o professor, quer dizer que o professor sabe perfeitamente passar seus
conhecimentos, e com isso as aulas estão sendo cem por cento aproveitadas.
Avaliação
escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a
melhor aprendizagem, e um caminho é o modelo de avaliação formativa. E esta avaliação
é vista como o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, uma
espécie de passo à frente em relação à avaliação conhecida como somativa.
O
professor antes de avaliar e ensinar tem que se preocupar com o aprender do
aluno, a forma que ele realmente aprende. Tem varias formas de o aluno aprender,
tem uns que é melhor fazendo trabalho em casa, outros são melhores testando
seus conhecimentos em provas e diversas outras formas. Com um olhar voltado
para a forma de aprender do aluno o professor passa a deixar de despejar
conhecimento na sala de aula e vai construindo um conhecimento junto com os
alunos usando maneiras diferentes de conhecimentos, a partir da forma que cada
um aprende.
A
avaliação formativa não tem como hipótese a punição ou premiação. Ela prevê que
os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso,
o professor diversifica as formas de agrupamento da turma. Utilizando
diferentes formas de avaliar dando direitos iguais a todos os estudantes.
Para
que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas
necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos
alcancem os objetivos.
O
professor como o aluno tem que se auto avaliar, o professor revendo suas formas
de ensino, refletido pelo seu próprio trabalho e reestruturando suas praticas
de ensino. E os alunos refletindo mais sobre seu aprendizado tendo em mente
sempre uma visão holística sobre o conteúdo passado pelo professor, e
restruturado suas praticas de aprendizado.
Diante de todas as considerações
apresentadas acerca do papel e da importância da avaliação no processo
educativo, percebemos que a avaliação deve ser conscientemente vinculada à
concepção de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, ultrapassando toda a
prática pedagógica e as decisões metodológicas. Sendo assim, a avaliação não
deve representar o fim do processo de aprendizagem, nem tampouco a escolha
inconsciente de instrumentos avaliativos, mas, sim, a escolha de um caminho a
percorrer na busca de uma escola necessária.
Referencia bibliográfica: ESTEBAN, Maria Teresa.
Ser professora: avaliar e ser avaliada, Escola,
currículo e avaliação. 2.Ed.São Paulo: Cortez, 2005.
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