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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ser professora: avaliar e ser avaliada


Essa síntese reflexiva aconteceu na aula do dia 29/04/2015.
podemos refletir sobre como um professor pode avaliar e ser avaliado, e quando a tarefa de avaliar é dada a alguém tem que colocar afeto, coração, mente e razão.





UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

                                                                  
JAMILE FELISMINA SEBASTIÃO






Ser professora: avaliar e ser avaliada



O texto escola, currículo e avaliação trás um debate sobre a avaliação que cada vez mais se torna alvo de reflexão, controversas e experimentações. E trás experiências dos professores com ideias de avaliações a serem refletidas. No texto encontramos varias experiências em diversos lugares e apesar de ter diferentes situações busca-se sempre dá uma educação de qualidade.

Cabe à escola determinar o seu projeto educativo, analisando todos os aspectos, sem criar um desacerto entre o que se pensa e diz e o que se tem feito, ou seja, o seu projeto deve ser coerente, claro, participativo, e estar em sintonia com os grupos envolvidos com a escola, ou seja, com a comunidade, alunos, professores.

Entre todos os professores e professoras que contribuíram para a realização deste texto vimos que eles têm em comum a mesma compreensão de que o processo avaliativo está vinculado a inclusão e a exclusão, escolar e social.

Em meio ao cotidiano de um professor com tantas coisas pra levar em contas como, trabalhos e provas, eles ficam sempre em duvidas sobre o que avaliar o que realmente levar em conta, se é a desenvoltura do aluno no dia a dia ou só o desempenho dele em uma prova no final de cada conteúdo.

            Com isso eles ficam com uma preocupação enorme em tirar conclusões em relação ao aprendizado do aluno e mostra-las aos pais, e mesmo não tendo certezas sobre o que fazer eles tem que informa o conhecimento de cada um e atribuir uma nota ao aprendizado do aluno transparecendo total confiança.

Avaliar é uma tarefa que quando é atribuída a alguém essa pessoa tem que colocar afeto, coração, mente e razão. É uma tarefa que dá vida a identidade de ser professor. Ela é também uma tarefa solitária e quem tem o papel de avaliar ganha também uma responsabilidade exclusiva de elaborar, aplicar e analisar o conteúdo. Com todas essas responsabilidades vem também a pressão sobre cada resultado de cada aluno.

Apesar de que a avaliação era pra ser em conjunto, professores e alunos, isso se torna quase impossível, pois na avaliação classificatória não tem espaço para um dialogo entre aluno e professor impossibilitando que os processos e os resultados possam ser compartilhados entre eles, como tem que atribuir um valor ao aluno.
            Além da avaliação classificatória tem também a quantitativa que tem forte poder sobre a avaliação nas escolas, ela expressa a epistemologia positivista que leva a uma metodologia onde a manipulação tem mais prioridade que a compreensão.
É encontrado nas escolas um método de avaliar que é a pratica do exame, onde diminui a complexidade dos processos de aprendizado. Os vários tipos de avaliações visam o distanciamento entre o conhecedor do assunto que são os professores que a avaliam, dos alunos que estão sendo avaliado.
Para muitos professores o objetivo de avaliar é vigiar e punir, isso funciona com provas, testes, notas, recuperações, assim viriam as aprovações e reprovações. Deixando os alunos com certo temor a respeito desse tipo de avaliação, implicando que o conhecimento do mesmo seja através de assunto decorado e não realmente absorvido de maneira que o estudante leve esse conhecimento para a vida toda.
E se as avaliações forem atribuídas não só aos alunos mais também aos professores, dariam mais liberdade de expressão aos alunos em relação de questionamento junto ao professor.  O professor ao avaliar os seus alunos ele também esta sendo avaliado, pois se o aprendizado dos estudantes vai bem, e aqueles alunos estão mostrando conhecimento adquirido com o professor, quer dizer que o professor sabe perfeitamente passar seus conhecimentos, e com isso as aulas estão sendo cem por cento aproveitadas.
Avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem, e um caminho é o modelo de avaliação formativa. E esta avaliação é vista como o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, uma espécie de passo à frente em relação à avaliação conhecida como somativa.
O professor antes de avaliar e ensinar tem que se preocupar com o aprender do aluno, a forma que ele realmente aprende. Tem varias formas de o aluno aprender, tem uns que é melhor fazendo trabalho em casa, outros são melhores testando seus conhecimentos em provas e diversas outras formas. Com um olhar voltado para a forma de aprender do aluno o professor passa a deixar de despejar conhecimento na sala de aula e vai construindo um conhecimento junto com os alunos usando maneiras diferentes de conhecimentos, a partir da forma que cada um aprende.
A avaliação formativa não tem como hipótese a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso, o professor diversifica as formas de agrupamento da turma. Utilizando diferentes formas de avaliar dando direitos iguais a todos os estudantes.
Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos
O professor como o aluno tem que se auto avaliar, o professor revendo suas formas de ensino, refletido pelo seu próprio trabalho e reestruturando suas praticas de ensino. E os alunos refletindo mais sobre seu aprendizado tendo em mente sempre uma visão holística sobre o conteúdo passado pelo professor, e restruturado suas praticas de aprendizado.
Diante de todas as considerações apresentadas acerca do papel e da importância da avaliação no processo educativo, percebemos que a avaliação deve ser conscientemente vinculada à concepção de mundo, de sociedade e de ensino que queremos, ultrapassando toda a prática pedagógica e as decisões metodológicas. Sendo assim, a avaliação não deve representar o fim do processo de aprendizagem, nem tampouco a escolha inconsciente de instrumentos avaliativos, mas, sim, a escolha de um caminho a percorrer na busca de uma escola necessária.


Referencia bibliográfica: ESTEBAN, Maria Teresa. Ser professora: avaliar e ser avaliada, Escola, currículo e avaliação. 2.Ed.São Paulo: Cortez, 2005.

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