Essa síntese foi realizada no dia 13/05/2015. onde trás uma reflexão sobre a avaliação no decorrer do processo de ensino dos estudantes.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE
CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE
CIÊNCIAS EXATAS
AVALIAÇÃO DE
APRENDIZAGEM
JAMILE FELISMINA SEBASTIÃO
VERIFICAÇÃO OU AVALIAÇÃO: O QUE PRATICA A ESCOLA?
O texto verificação ou avaliação de LUCKESI
trás uma reflexão sobre a avaliação no decorrer do processo de ensino na vida
dos estudantes. O texto trabalha os conceitos de verificação e avaliação e não
com o termo, trabalhando com o movimento real da pratica escolar com a qual
convivemos. O professor utiliza como padrão de medida o acerto da questão, e a
medida se dão com a contagem dos acertos, temos como exemplos os testes, provas
ou trabalhos.
A partir da avaliação promove-se a
promoção ou retenção do aluno mediante os resultados do seu desempenho
apresentados ao longo de período letivo. Portanto, a avaliação escolar tem um
papel fundamental no desenvolvimento do aluno dentro do ambiente escolar, pois
ela pode estabelecer qual o aluno está apto para progredir e qual deve
permanecer na mesma série escolar.
Provavelmente na pratica escolar os
meios de coletas dos resultados são transformados em pontos, onde se utiliza o
método da medida para se medir o aprendizado dos estudantes. A medida é o
primeiro ato do professor, onde não podemos esquecer que ela é importante para
se obter resultados, e verificar a
aprendizagem dos educandos.
Converter a medida em nota ou conceito
é o segundo ato do professor no processo de aferição do aproveitamento escolar.
Em vez de utilizar números, nesse caso utiliza símbolos alfabéticos, ou
palavras denotativas de qualidades, assim se faz uma avaliação num todo não por
parte, em vez de pontuar cada questão, se faz uma avaliação geral.
Os resultados da aprendizagem são
obtidos, de início, pela medida, variando a especificidade e a qualidade dos
mecanismos e dos instrumentos utilizados para obtê-la.
Para se utilizar os resultados temos três opções: registrá-lo, no diário
de classe ou caderneta de alunos; oferecer ao educando, caso ele tenha obtido
uma nota ou conceito inferior, uma oportunidade de melhorar a nota ou conceito,
permitindo que faça uma nova aferição; atentar para as dificuldades e desvios
da aprendizagem dos educandos e decidir trabalhar com eles para que, de fato,
aprendam aquilo que deveriam aprender, construam efetivamente os resultados
necessários da aprendizagem.
Na maioria dos casos se utiliza a
primeira, no máximo a segunda opção nas escolas, a terceira é a mais rara nas
escolas, pois exige um trabalho maior do docente, exigindo que ele esteja em
seu lugar de docente o tempo todo.
É observado que as aferições escolares
são utilizadas na maioria das vezes para classificar os alunos. E quando é
feita uma revisão dos conteúdos não é no intuito de melhorar o aprendizado do
aluno, e sim para melhorar sua nota.
A prática da avaliação da aprendizagem,
em seu sentido pleno, só será possível na medida em que se estiver efetivamente
interessado na aprendizagem do educando, ou seja, há que se estar interessado
em que o educando aprenda aquilo que está sendo ensinado.
As escolas brasileiras usam a
verificação e não a avaliação. O método da verificação configura-se através da
observação, obtenção, analises e sínteses dos dados que demarcam os objetos o
qual está trabalhando. Á pratica de
verificação termina quando se obtém os dados ou informação que se busca, ela é
uma ação que congela o objeto.
Já a avaliação ao contrario da
verificação, vai além da obtenção da configuração do objeto. A avaliação ela
leva o objeto por um caminho dinâmico de ação.
A avaliação parece um processo estático e sem mudanças que realmente
precisa ser pensada de forma critica e reflexiva. É preciso que haja
transformações no ato de avaliar principalmente levando em consideração sua
importância e consequência na aprendizagem do aluno.
A avaliação é um diagnostico da
qualidade dos resultados intermediários, a verificação é uma configuração dos
resultados parciais ou finais. A primeira é dinâmica, a segunda estática. No uso
da avaliação é proposto que a avaliação seja aproveitada de forma que seja
praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos
educandos.
Fugindo do aspecto classificatório, os
professores deveriam: coletar, analisar e sintetizar, da forma mais objetiva
possível, as manifestações das condutas; atribuir uma qualidade a essa
configuração da aprendizagem, a partir de um padrão preestabelecido e admitido
como valido pela comunidade dos educadores e especialistas dos conteúdos que
estejam sendo trabalhadores; a partir dessa qualificação, tomar uma decisão
sobre as condutas docentes e discentes a serem seguidas. Usando esses aspectos o objetivo da
aferição escolar não será a aprovação e a reprovação do educando, e sim o
direcionamento da aprendizagem e o desenvolvimento dos educandos.
Para a forma que são vista pela a
sociedade as medias dos educandos, É uma forma preocupante, pelo simples fatos
de que temos varias disciplina em uma serie, onde para passar de serie
deveríamos ter média final 5, os alunos tiram nota boa nas primeira e as
ultimas não tão boa, mais se conseguirem alcançar a média, eles não se
preocupam em alcançar o conhecimento necessários nas outras disciplina que eles
foram mal.
Os professores não estimulam os alunos
a se interessar pelo aprendizado e sim pela nota que eles devem ter para se
tornar um bom aluno. Isso faz com que pensamos que nem sempre ter uma média boa
indica que temos um bom aprendizado.
Para se melhorar o interesse pelo
conhecimento dos educando, o ideal seria banir os sistemas de notas. A
aprovação e reprovação dos alunos deveriam ser pela afetiva aprendizagem dos
conhecimentos mínimo necessário do conhecimento. Desenvolvendo suas
habilidades, hábitos e convicção.
É preciso que o aluno seja avaliado com
justiça e assim possa ser orientado e estimulado, em uma perspectiva de
superação permanente dos próprios limites e de aperfeiçoamento constante das
próprias possibilidades. Portanto, é preciso programar uma avaliação que,
afastando-se da mera classificação, permita a análise da aprendizagem efetivada
e a reorganização do processo de ensino, favorecendo a reflexão, a crítica e a
expressão de ideias.
Não
é fácil abrir mão dos exames, mas eles não nos ajudam produzir resultados
escolares bem sucessivos hoje, todavia aprendemos com eles a necessidade de
acompanhar nossos educandos, o que é profundamente importante para o sucesso.
Há um segundo fator que dificulta a
mudança: o modelo de sociedade excludente. Os exames são compatíveis com o
modelo social burguês capitalista.
A avaliação é
democrática, inclusiva, acolhe a todos. Isso se opõe ao modelo social
hierarquizado da sociedade burguesa. Agir inclusivamente numa sociedade
excludente exige consciência crítica, clara, precisa e desejo político de se
confrontar com esse modo de ser, que já não nos satisfaz.
A avaliação a serviço da obtenção de
resultados positivos é um ato revolucionário em relação ao modelo social
vigente. Um terceiro fator que dificulta a passagem dos exames para avaliação é
a experiência biográfica de cada um de nós.
Toda vida passamos
por exames de forma que só se preocupamos com a nota, somos instigados a não se
preocupar com o processo e sim com o resultado final. E com isso refletimos
aquilo que foi nos ensinado. Então é cada vez mais difícil modificar a pratica
pedagógico dos docentes. Os docentes precisam ter a clareza para enfrentar seus
fantasmas, e passar para seus alunos um modelo de aprendizagem novo e como
muitas vantagens para o ensino.
Diante de todas as considerações apresentadas para transitar do ato de
examinar para o ato de avaliar precisamos nos converter ultrapassar conceitos e
modos de agir. Avaliar é um ato subsidiário da obtenção de resultados
positivos. A avalição nos oferece recursos para diagnosticar, intervir nos
resultados para que se encaminhe na direção desejada.
O
sucesso exige investimento; e o ato de avaliar dá suporte e sustentação para a
busca desse sucesso. O ato de avaliar é um aliado de todos os que desejam
produzir resultados satisfatórios com sua ação. Olhemos para nós mesmos e
nossas condutas e nos esforcemos para irmos do ato de examinar para o ato de
avaliar. Temos muito a fazer, mas vagarosamente deixaremos de sermos
examinadores para avaliadores.
Referencia
bibliográfica: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação
da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez,
2011. P 45-60
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