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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Verificação ou Avaliação: o que pratica a escola





Essa síntese  foi realizada no dia 13/05/2015. onde trás uma reflexão sobre a avaliação no decorrer do processo de ensino dos estudantes.





UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM



JAMILE FELISMINA SEBASTIÃO





VERIFICAÇÃO OU AVALIAÇÃO: O QUE PRATICA A ESCOLA?



O texto verificação ou avaliação de LUCKESI trás uma reflexão sobre a avaliação no decorrer do processo de ensino na vida dos estudantes. O texto trabalha os conceitos de verificação e avaliação e não com o termo, trabalhando com o movimento real da pratica escolar com a qual convivemos. O professor utiliza como padrão de medida o acerto da questão, e a medida se dão com a contagem dos acertos, temos como exemplos os testes, provas ou trabalhos.

A partir da avaliação promove-se a promoção ou retenção do aluno mediante os resultados do seu desempenho apresentados ao longo de período letivo. Portanto, a avaliação escolar tem um papel fundamental no desenvolvimento do aluno dentro do ambiente escolar, pois ela pode estabelecer qual o aluno está apto para progredir e qual deve permanecer na mesma série escolar.

Provavelmente na pratica escolar os meios de coletas dos resultados são transformados em pontos, onde se utiliza o método da medida para se medir o aprendizado dos estudantes. A medida é o primeiro ato do professor, onde não podemos esquecer que ela é importante para se obter resultados, e verificar  a aprendizagem dos educandos.

Converter a medida em nota ou conceito é o segundo ato do professor no processo de aferição do aproveitamento escolar. Em vez de utilizar números, nesse caso utiliza símbolos alfabéticos, ou palavras denotativas de qualidades, assim se faz uma avaliação num todo não por parte, em vez de pontuar cada questão, se faz uma avaliação geral.

Os resultados da aprendizagem são obtidos, de início, pela medida, variando a especificidade e a qualidade dos mecanismos e dos instrumentos utilizados para obtê-la.
Para se utilizar os resultados temos três opções: registrá-lo, no diário de classe ou caderneta de alunos; oferecer ao educando, caso ele tenha obtido uma nota ou conceito inferior, uma oportunidade de melhorar a nota ou conceito, permitindo que faça uma nova aferição; atentar para as dificuldades e desvios da aprendizagem dos educandos e decidir trabalhar com eles para que, de fato, aprendam aquilo que deveriam aprender, construam efetivamente os resultados necessários da aprendizagem.

Na maioria dos casos se utiliza a primeira, no máximo a segunda opção nas escolas, a terceira é a mais rara nas escolas, pois exige um trabalho maior do docente, exigindo que ele esteja em seu lugar de docente o tempo todo.

É observado que as aferições escolares são utilizadas na maioria das vezes para classificar os alunos. E quando é feita uma revisão dos conteúdos não é no intuito de melhorar o aprendizado do aluno, e sim para melhorar sua nota.

A prática da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será possível na medida em que se estiver efetivamente interessado na aprendizagem do educando, ou seja, há que se estar interessado em que o educando aprenda aquilo que está sendo ensinado.
As escolas brasileiras usam a verificação e não a avaliação. O método da verificação configura-se através da observação, obtenção, analises e sínteses dos dados que demarcam os objetos o qual está trabalhando.  Á pratica de verificação termina quando se obtém os dados ou informação que se busca, ela é uma ação que congela o objeto.

Já a avaliação ao contrario da verificação, vai além da obtenção da configuração do objeto. A avaliação ela leva o objeto por um caminho dinâmico de ação.
A avaliação parece um processo estático e sem mudanças que realmente precisa ser pensada de forma critica e reflexiva. É preciso que haja transformações no ato de avaliar principalmente levando em consideração sua importância e consequência na aprendizagem do aluno.

A avaliação é um diagnostico da qualidade dos resultados intermediários, a verificação é uma configuração dos resultados parciais ou finais. A primeira é dinâmica, a segunda estática. No uso da avaliação é proposto que a avaliação seja aproveitada de forma que seja praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos educandos.

Fugindo do aspecto classificatório, os professores deveriam: coletar, analisar e sintetizar, da forma mais objetiva possível, as manifestações das condutas; atribuir uma qualidade a essa configuração da aprendizagem, a partir de um padrão preestabelecido e admitido como valido pela comunidade dos educadores e especialistas dos conteúdos que estejam sendo trabalhadores; a partir dessa qualificação, tomar uma decisão sobre as condutas docentes e discentes a serem seguidas.  Usando esses aspectos o objetivo da aferição escolar não será a aprovação e a reprovação do educando, e sim o direcionamento da aprendizagem e o desenvolvimento dos educandos.

Para a forma que são vista pela a sociedade as medias dos educandos, É uma forma preocupante, pelo simples fatos de que temos varias disciplina em uma serie, onde para passar de serie deveríamos ter média final 5, os alunos tiram nota boa nas primeira e as ultimas não tão boa, mais se conseguirem alcançar a média, eles não se preocupam em alcançar o conhecimento necessários nas outras disciplina que eles foram mal.

Os professores não estimulam os alunos a se interessar pelo aprendizado e sim pela nota que eles devem ter para se tornar um bom aluno. Isso faz com que pensamos que nem sempre ter uma média boa indica que temos um bom aprendizado.
Para se melhorar o interesse pelo conhecimento dos educando, o ideal seria banir os sistemas de notas. A aprovação e reprovação dos alunos deveriam ser pela afetiva aprendizagem dos conhecimentos mínimo necessário do conhecimento. Desenvolvendo suas habilidades, hábitos e convicção.

É preciso que o aluno seja avaliado com justiça e assim possa ser orientado e estimulado, em uma perspectiva de superação permanente dos próprios limites e de aperfeiçoamento constante das próprias possibilidades. Portanto, é preciso programar uma avaliação que, afastando-se da mera classificação, permita a análise da aprendizagem efetivada e a reorganização do processo de ensino, favorecendo a reflexão, a crítica e a expressão de ideias.

            Não é fácil abrir mão dos exames, mas eles não nos ajudam produzir resultados escolares bem sucessivos hoje, todavia aprendemos com eles a necessidade de acompanhar nossos educandos, o que é profundamente importante para o sucesso.
Há um segundo fator que dificulta a mudança: o modelo de sociedade excludente. Os exames são compatíveis com o modelo social burguês capitalista.

A avaliação é democrática, inclusiva, acolhe a todos. Isso se opõe ao modelo social hierarquizado da sociedade burguesa. Agir inclusivamente numa sociedade excludente exige consciência crítica, clara, precisa e desejo político de se confrontar com esse modo de ser, que já não nos satisfaz.

            A avaliação a serviço da obtenção de resultados positivos é um ato revolucionário em relação ao modelo social vigente. Um terceiro fator que dificulta a passagem dos exames para avaliação é a experiência biográfica de cada um de nós.

Toda vida passamos por exames de forma que só se preocupamos com a nota, somos instigados a não se preocupar com o processo e sim com o resultado final. E com isso refletimos aquilo que foi nos ensinado. Então é cada vez mais difícil modificar a pratica pedagógico dos docentes. Os docentes precisam ter a clareza para enfrentar seus fantasmas, e passar para seus alunos um modelo de aprendizagem novo e como muitas vantagens para o ensino.

Diante de todas as considerações apresentadas para transitar do ato de examinar para o ato de avaliar precisamos nos converter ultrapassar conceitos e modos de agir. Avaliar é um ato subsidiário da obtenção de resultados positivos. A avalição nos oferece recursos para diagnosticar, intervir nos resultados para que se encaminhe na direção desejada.
            O sucesso exige investimento; e o ato de avaliar dá suporte e sustentação para a busca desse sucesso. O ato de avaliar é um aliado de todos os que desejam produzir resultados satisfatórios com sua ação. Olhemos para nós mesmos e nossas condutas e nos esforcemos para irmos do ato de examinar para o ato de avaliar. Temos muito a fazer, mas vagarosamente deixaremos de sermos examinadores para avaliadores.
  
                                                                                                           

Referencia bibliográfica: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011. P 45-60

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